O Brasil tem um futebol de primeiro mundo e isso é indiscutível. Pentacampeão, celeiro dos maiores craques da história, o país do futebol. O país que tomou para si o esporte inventado pela Inglaterra, que por sua maestria se tornou o esporte mais popular do mundo. Assim como a economia da nossa mãe pátria evolui, evolui também o poder financeiro dos clubes que temos, o que outrora era motivo de tristeza. Só tínhamos alegrias quando eles vestiam a verde-amarela, a única forma de termos era prendendo-os por sua naturalidade. Mesmo assim, alguns buscavam formas alternativas de naturalizar-se em outras nações e vestir camisas de outros tons.
Embora perdêssemos em qualidade nos campeonatos nacionais, ganhávamos em novas chances para recém lançados craques, trazíamos retorno financeiro para os clubes que os lançavam e nos arrastávamos em busca de clubes de primeiro mundo. Pois bem, cá estamos.
O Brasil em 2010, pode contar com, no mínimo, cinco clubes de ponta. Clubes que em qualquer competição internacional não passariam vergonha, pois teriam dispostos nos certames qualidade e técnica que vertem desses pés milionários.
Os cinco clubes brasileiros que disputam a libertadores têm um poderio inigualável aos demais países. E dentro do Brasil, há mais três ou quatro clubes que possuem força tal qual estas equipes. Isso motiva e fortalece o futebol brasileiro e devemos nos orgulhar disso.
Mas como sempre tem o porém, ainda mais tratando-se de Brasil. Devemos punir e combater quem atrasa o futebol que evolui. O que mais preocupa é que isto não está dentro de campo, está fora. Vestem terno, gravata e alguns costumam fumar charuto e beber uísque à noite. Muitos dos cartolas atrapalham o futebol, mas não devemos condenar à todos, afinal essa evolução se deve à alguns deles também.
Tomamos como exemplo o caso da dupla grenal. Não vou aqui defender só Grêmio ou só Inter, até porque os dois sofreram desse mal. Ano passado o Grêmio se viu prejudicado, esse ano o colorado. Por obrigação e auto defesa os dois escalaram reservas para as competições de menor proporção e, de certa forma, abriram mão destes títulos. Até aí tudo bem, tudo deve ser colocado em grau de prioridades e nenhum clube em sã pretensão daria prioridade a um campeonato estadual ao invés de um internacional. O que revolta é a mesquinhez de quem tem o poder na mão de ajudar aos nossos e não faz por onde. Como exemplo, em 2008, Giovanni Luigi foi até o Paraguai na sede da Conmebol pedir um “adiamento” na estréia do Inter, e Conmebol o cedeu. O Inter fará sua estréia na penúltima partida da primeira fase. Em contraponto, a Federação Gaúcha de Futebol, não abriu mão da data da semifinal e bateu o martelo, o jogo é no domingo. Fica a questão: a Confederação Sulamericana é humanitária com um clube e de quem esperamos apoio, afinal Grêmio ou Inter são, acima de tudo, gaúchos, prefere cruzar os braços e desfavorecer a equipe deste chão. Quero deixar bem claro, não defendo o Internacional, defendo também o Grêmio, porque acima de tudo há humanidade e também, bom senso.
2 comentários:
Concordo contigo. E infelizmente o futebol, brasileiro principalmente, é comandado pelos velhos gordos e abonados que nada entendem desse esporte de pura paixão. Só querem saber das verdinhas em suas contas.
Abraços Silão
Ok, aceito o protesto. Mas, tirando meu gremismo de lado, ainda assim estaria ao lado da FGF, e contra a Conmebol, porque grandes clubes vivem (ou devem viver) de planejamento. Contratam-se grandes atletas e técnicos de ponta, gastam rios de dinheiro, porém não se mantém uma pro-atividade capaz de passar por cima dos calendários lotados. Se fala, se fala e se fala de projetos a longo prazo; projetos falhos que não preveem duas competições simultâneas. Simplesmente os caciques dos clubes decidem de última hora o que vão fazer, que decisão tomar. Os grandes clubes brasileiros, acostumados a disputar 4 competições/ano, deveriam ser os mais organizados do mundo, servir de exemplo.
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