terça-feira, 30 de setembro de 2008

El cabezón

Existe uma história que é contada, que a cerca de 20 ou 30 anos nasceu em Buenos Aires um matador que não tinha perdão de seus inimigos. Diferente dos demais matadores da época, que torturavam e praticavam malefícios às vitimas antes de executarem, ele era diferente. Executava para depois praticar as, então, torturas. Muitos não viam graça naquilo, até porque não tem motivos para se achar graça de um assassino. Mas, pensavam, por qual motivo uma pessoa vem a matar alguém e depois torturá-la? O que ele sente em fazer esse tipo de delito, afinal a pessoa provavelmente nem deve sentir as torturas, pois já nem existe mais.
Pois bem, esse matador por lá teve seu reinado, permaneceu alguns anos, matou, torturou e cresceu. Não muito, pelo que sabemos até hoje não mede mais de 1,80 e nem pesa mais de 80kg. Um matador, ligeiro, pequeno, que cresceu, não fisicamente, mas sabiamente. É isso. Um sábio. Maestro de crimes.
De Buenos Aires cansou, e de lá saiu. Buscava um lugar onde pudesse espalhar suas histórias de terror, matar e depois torturar...Friamente. Foi para Europa e por lá permaneceu alguns anos. Andrés era seu nome, seu apelido "El Cabezón" (não se sabe se era por sua grande cabeça ou se pelo estilo peculiar do cabelo). Com os Europeus a briga foi um pouco mais difícil, por isso resolveu retornar a América do Sul, onde é um matador de maior fama. Porém, aqui, não perdeu seu script. Mata, e aniquila rapidamente. E depois com toda calma do mundo, tortura pelo tempo que, para ele, for suficiente.
Seu primeiro nome é Andrés, o segundo, Nicolás e o terceiro D'alessandro.
Assim ele segue, como desde pequeno, na velha capital argentina. No gre-nal não foi diferente, matou aos 5 do primeiro tempo, e depois, seguiu, torturando e praticando malefícios ao seu inimigo. Quem tem uma boa memória lembra que ainda pelo River Plate ele eliminou o Corinthians em São Paulo pela Libertadores e ainda, descontente, conseguiu colocar para a rua cerca de dois ou três corinthianos, somente com sua sabedoria e maestria, torturou.
E assim temos todos os ingredientes de um matador, esperto, ligeiro, astuto. E acima de tudo frio.

Brasileirão 2008

Não podemos deixar esta semana (e essa rodada) passar despercebida, o campeonato brasileiro se encaminha para sua reta final e por incrível que pareça a cada rodada, ao invés de se definir a posição das equipes, o campeonato vai se embaralhando. Para quem dizia que campeonato por pontos corridos não tem emoção até que esse vai indo bem, não?!
Se olharmos os extremos da tabela, podemos pensar que não é tão pequena a diferença, afinal o líder Palmeiras tem quase o dobro do lanterninha Fluminense. (50 - 26) Mas ao analisarmos o miolo vemos quase que uma contagem regressiva, seja no topo ou na parte baixa da tabela. São raros os clubes que tem uma pontuação diferenciada dos demais. Há casos em que três ou quatro times têm a mesma pontuação, por exemplo: Cruzeiro, Flamengo e São Paulo, 46. Depois deles a já citada contagem regressiva: Botafogo, 43. Goiás, 42. Internacional, 42. Coritiba (e não, Curitiba) 41. Vitória 40 e finalmente, Sport com 39.
O campeonato fez-se mais competitivo, mais excitante de algumas rodadas para cá. Parecia quase que perdera a graça quando o Grêmio ao fazer excelente primeiro turno abriu 6 pontos de vantagem dos demais e se encaminhava a uma campanha fantástica, mas de repente despencou, por sabe se lá quais motivos... Não vamos aqui, ficar discutindo se foi por A ou por B que o rendimento baixou, pois a matemática por sua exatidão nos mostra que o campeão do 1º turno é o mesmo que está em 15º no segundo. Para mal ou para bem, vamos ver pelo lado positivo, o campeonato está em aberto, e torcemos para que, assim siga até o máximo de rodadas possíveis.
Para não falarmos somente de quem caiu de rendimento vamos ver quem conseguiu evoluir. O Ipatinga, que só podia subir, pois era o último ao final do primeiro turno, realmente subiu. Somente no segundo turno o Ipatinga conquistou 11 pontos quase que a metade do seu desempenho no campeonato inteiro, e se fizessemos valer apenas o segundo turno até aqui ele estaria na nona colocação, e se classificaria para a Sulamericana. Ou seja, ao mesmo passo que uma tematização, o líder desce, o lanterna sobe e os clubes vão se igualando. Se assim seguir, não mais sentiremos saudades nos tempos em que se torcia para entrar no quase que extinto octogonal final.