Uma morena não sabe a missa metade do seu poder! Ah, não sabe... Eu considero que o poder de uma morena é mil vezes maior que o poder do Obama, pois eu aposto que o Obama não resiste à uma morena. Coloquem o Obama trancado na Casa Branca com uma morena pelo período de um mês, e veremos quem é mais poderoso. Mas, vamos nos posicionar e falar da morena, e não do mulato.
Tinha panturrilhas mais grossas que a do Roberto Carlos, porém tão delicadas quanto a Sandy cantando “imortal”. Portava um bronzeado de dias, aqueles que se conquista corretamente: antes das dez da manhã e após as quatro da tarde. Era curtida, com a cor semelhante à de uma cuia. E sempre usava um decote discreto, que iniciava da ponta da clavícula até exatamente o meio do externo, passando pela zona do perigo. Quanto poder!
Jogava no time do bairro, o Santanense, o melhor centroavante que já existiu, no time do bairro, é claro. Era um pardo, largo e estúpido. Contudo, tinha uma categoria nunca antes vista. No mesmo lance tinha a perícia para executar uma lambreta e a ignorância para fazer da rede um fiapo com a força de sua canhota. O poder da canhota do pardo era equivalente ao do Fernandinho Beira-mar. E era através da canhota do pardo, que o Santanense tinha chegado às finais do citadino. O pardo era mau, e como era. Uma vez, com o jogo ganho ele se desentendeu com o goleiro, o Perereca (pulava como tal), e de propósito chutou a bola com tanta força que o rosto do Perereca virou um purê. Passaram-se os jogos, os adversários, as patadas do Pardo e a conquista começou a chegar perto.
Por ironia do destino o Santanense chegou à final, justo contra quem: o time do Perereca. A várzea lotou. Eram bandeiras, gritos, torcidas até bombas espocaram antes do jogo. Passa-se o primeiro tempo, o segundo e chega a prorrogação. O time do Perereca dependia apenas do empate. Porém aos dez minutos do segundo tempo acontece um pênalti para o Santanense. O pardo correu e logo pegou a bola. Todos sabiam da disputa pessoal que ocorria naquele instante, e entenderam o quão perigoso e derradeiro era aquele momento.
O que ninguém percebeu, foi a morena. Sim, aquela mais poderosa que o Obama. Ela estava ali, pertinho, estrategicamente posicionada atrás do gol. O Pardo ajeitou o caroço calmamente, deu passos até a intermediária e veio correndo como um avestruz, mas no caminho algo lhe chamou a atenção. E foi a morena... Que lhe sorriu, com o canto da boca, ajeitando o cabelo; e fez aquilo com uma harmonia melhor que a do Salgueiro. Pardo chutou o chão, levantou um canteiro, e não a bola, que foi rolando mansa até o Perereca que sorria, e sorria como um menino. A morena deu as costas e saiu. Foi embora e o Pardo, desolado nunca mais à viu. O estádio todo ficou sem entender o lance. O juiz que se preparava para correr até o meio campo, baixou a cabeça fazendo sinal de negativo, tristonhamente. O silêncio permaneceu e começou a imperar apenas a gargalhada do Perereca, maquiavélica. Todos ficaram com uma pena imensa do Pardo... Coitado, mal sabia ele, que a vingança do Perereca viria tão cedo e, ainda, acompanhada de uma cúmplice, sua namorada, a morena, do poder. E que poder!
Tinha panturrilhas mais grossas que a do Roberto Carlos, porém tão delicadas quanto a Sandy cantando “imortal”. Portava um bronzeado de dias, aqueles que se conquista corretamente: antes das dez da manhã e após as quatro da tarde. Era curtida, com a cor semelhante à de uma cuia. E sempre usava um decote discreto, que iniciava da ponta da clavícula até exatamente o meio do externo, passando pela zona do perigo. Quanto poder!
Jogava no time do bairro, o Santanense, o melhor centroavante que já existiu, no time do bairro, é claro. Era um pardo, largo e estúpido. Contudo, tinha uma categoria nunca antes vista. No mesmo lance tinha a perícia para executar uma lambreta e a ignorância para fazer da rede um fiapo com a força de sua canhota. O poder da canhota do pardo era equivalente ao do Fernandinho Beira-mar. E era através da canhota do pardo, que o Santanense tinha chegado às finais do citadino. O pardo era mau, e como era. Uma vez, com o jogo ganho ele se desentendeu com o goleiro, o Perereca (pulava como tal), e de propósito chutou a bola com tanta força que o rosto do Perereca virou um purê. Passaram-se os jogos, os adversários, as patadas do Pardo e a conquista começou a chegar perto.
Por ironia do destino o Santanense chegou à final, justo contra quem: o time do Perereca. A várzea lotou. Eram bandeiras, gritos, torcidas até bombas espocaram antes do jogo. Passa-se o primeiro tempo, o segundo e chega a prorrogação. O time do Perereca dependia apenas do empate. Porém aos dez minutos do segundo tempo acontece um pênalti para o Santanense. O pardo correu e logo pegou a bola. Todos sabiam da disputa pessoal que ocorria naquele instante, e entenderam o quão perigoso e derradeiro era aquele momento.
O que ninguém percebeu, foi a morena. Sim, aquela mais poderosa que o Obama. Ela estava ali, pertinho, estrategicamente posicionada atrás do gol. O Pardo ajeitou o caroço calmamente, deu passos até a intermediária e veio correndo como um avestruz, mas no caminho algo lhe chamou a atenção. E foi a morena... Que lhe sorriu, com o canto da boca, ajeitando o cabelo; e fez aquilo com uma harmonia melhor que a do Salgueiro. Pardo chutou o chão, levantou um canteiro, e não a bola, que foi rolando mansa até o Perereca que sorria, e sorria como um menino. A morena deu as costas e saiu. Foi embora e o Pardo, desolado nunca mais à viu. O estádio todo ficou sem entender o lance. O juiz que se preparava para correr até o meio campo, baixou a cabeça fazendo sinal de negativo, tristonhamente. O silêncio permaneceu e começou a imperar apenas a gargalhada do Perereca, maquiavélica. Todos ficaram com uma pena imensa do Pardo... Coitado, mal sabia ele, que a vingança do Perereca viria tão cedo e, ainda, acompanhada de uma cúmplice, sua namorada, a morena, do poder. E que poder!