quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Assim como no onze de setembro

A notícia do momento, no mundo inteiro, é a queima do Alcorão, livro sagrado dos muçulmanos. Esta queima, se realmente ocorrer, dará renascimento a fatos ainda mais catastróficos e isso preocupa. A queima de objetos que representam a cultura/ religião identidade de um povo ou grupo, por menor que seja, é motivo de ódio e o ódio gera ódio, por mais redundante que seja.
Não devemos condenar aqueles que, pelo passado, não conseguem viver o presente e tentam de alguma forma expressar o quão penoso e doloroso foi o ocorrido, neste caso o ataque de onze de setembro. Mas não devemos também esquecer quantas pessoas pagaram em detrimento do que ocorreu numa escala maior e intocável pela população.
O onze de setembro, sim, foi o maior atentado de todos os tempos, mas em contrapartida, os muçulmanos e todo o povo que está aquém da Al Qaeda, sofreu da mesma maneira, com inúmeras mortes e tragédias. Essa raiva descabida, a ponto de queimar um objeto que para ninguém, não trará beneficio algum deve ser sim condenável, juntamente com o que vem antes e depois dela. Exemplo disso é o que já está acontecendo, mesmo sem ainda sequer ter acendido a chama que irá queimar o livro sagrado, paquistaneses já queimam a bandeira americana, símbolo maior dos EUA, como aprendemos nos desenhos animados. E, entre a queima dos símbolos de países e de religiões, com certeza sucederá a queima de pessoas, e o que é pior, inocentes. Assim como já aconteceu no onze de setembro.
Ou seja, a - já citada - redundância do ódio, acaba se tornando uma revolta desnecessária onde todos acabam pagando. Assim como no onze de setembro.