sábado, 19 de setembro de 2009

1 ano de blog


Nem eu acreditava. Neste mes comemoro um ano de blog. Quanta alegria. Após inúmeras tentativas fracassadas de manter atualizada uma humilde página, de comentários mais humildes ainda, na grande rede. Obrigado à todos, que me fomentam e me municiam para escrever e principalmente, me encorajam para publicar e postar minhas considerações. Que mais anos venham...

Um comentário infeliz, num momento infeliz

Nosso excelentíssimo presidente virou motivo de piada, mais uma vez. Solicito, ofereceu ao visitante Nicolas Sarkozy um churrasco, que terminou em feijão tropeiro. Até aí, nada é novidade. Lula aprontando mais uma peripécia e ainda fazendo o pouco que podia dar certo, dar errado. Virou comentário em todo território nacional. Mas mais triste do que o churrasco envidraçado, foi o infeliz comentário do funcionário público Sandro Amoroso Pacheco. Abrindo a Zero Hora do dia 18 de setembro, me deparo logo na página 2 com um comentário equivocado e principalmente, estridente. Primeiramente, não entendi o porquê de tamanha revolta com o Estado e sua identidade cultural. Hoje, dia 19, pude compreender um pouco mais do motivo das acusações do senhor Pacheco.
Pois bem, Sandro. Agora chegou minha vez e vou dar minha opinião, se possível for. Fico triste em saber que existem pessoas que pensam como tu, e vejo que não é apenas uma ou outra. Aprendi desde cedo, e sou grato por isso, a amar a terra em que nasci e seguir os costumes que ela segue, esteja onde estiver. E agora, logo alguns dias antes da data de maior importância para o nosso Rio Grande, é uma pena ler um comentário desta espécie.
Aceito tuas considerações, até por terem ocorridos fatos pessoais, inclusive com teus filhos, e respeito tua posição afinal, a família é sagrada. Mas o que não suporto é da tua parte, generalizar o que algumas pessoas fazem, por mera mesquinhez. Não é problema do Rio Grande inteiro se algumas pessoas te tratam de maneira diferente. Até porque isto acontece em todo lugar. Já morei em São Borja e posso garantir que o povo daí é hospitaleiro e cordial, com todos visitantes, sejam eles nascidos em São Paulo ou no Japão. Quanto à procedência do churrasco, admito que não tenho, e nem tu tens, autoridade para dizer aonde surgiu e quem criou. Contudo, tu deves saber que o churrasco gaúcho é reconhecido no mundo inteiro como um exemplo, não só pelo preparo em si, mas pelo quanto o ritual é cultuado. Não deve ser por acaso, como tu mesmo citastes, que as churrascarias de São Paulo dão nomes ligados ao Rio Grande do Sul para aliarem à sua marca um pouco da tradição do assado.
Não quero com isto te ofender e muito menos de atacar, da mesma maneira que tu. Porém como tu te defendes, aprendi a não defender apenas a mim, e sim, ao Estado que tive origem. E é por ter crescido com estes valores, que me obrigo a discordar e condenar teu posicionamento. Tenho absoluta certeza que o Brasil inteiro reconhece que a identidade cultural mais forte do país é a gaúcha. Amamos nossos costumes como o chimarrão, o próprio churrasco e os símbolos que representam nosso Estado. Não venho julgar quem é melhor, pois isso é imensurável, mas seria um pouco melhor pra São Paulo se os paulistanos sentissem um pouco mais de orgulho e adoração pelo lugar onde nasceram. Para concluir, te aconselho ao bom e velho ditado que diz: “os incomodados que se retirem...”