Passaram-se alguns meses e as mudanças vieram, corretas. Saíram alguns chegaram outros e, mesmo sendo algumas dessas mudanças auspiciosas, tivemos dúvidas e desconfianças por parte delas. A direção do Internacional mudou um semestre depois do que devia, menos mal que pelo destino ainda era tempo. O que não veio na pré-temporada, chegou na inter-temporada, quem sabe pelo favorecimento do nome. O Internacional ao invés de tomar novos rumos, foi pelo que já conhecia e o que sabia que iria render, e está rendendo. Todos jogadores repatriados: Tinga, Renan, Sóbis. Todos vitoriosos pelo próprio Inter, conhecedores de Libertadores, e principalmente, os três, daqui. De nada adiantaria, a essa altura do campeonato – literalmente – chamar craques, pagar milhões, se estes mesmos não soubessem a maneira que o Internacional trabalha e como tudo funciona entre os muros do estádio e as linhas no gramado. E está nesse espaço, atualmente, aquele que mais me impressiona positivamente. Dentro do estádio, mas fora das quatro linhas.
Celso Roth.
Das contratações do período da Copa é aquele que mais desagradou o torcedor. Tudo foi aplaudido em pé, da repatriação dos já ganhadores da América, ao “vai embora” do Kléber Pereira. Mas Roth chegou já, sobre suspeita. Mesmo com tudo isso, o Internacional de junho para cá não mudou de técnico, mudou de personalidade. As coletivas de imprensa não terminam mais com o tradicional “boa noitche” irritado de Fossati. Começam e terminam com descontração, piadas e risos por parte dos jornalistas e do próprio técnico. Se há brigas, crises de vestiário, elas não são expostas como eram na Era Jorge Fossati. E isso, se reflete dentro do campo. Roth, quem sabe pelos tombos que a vida lhe deu, aprendeu a reagir da forma certa. Trabalhar sobre a pressão que um clube grande exerce sobre os ombros dos técnicos e, por isso, merece vencer. Não por sua competência, que sempre será questionada, mas por saber levar a vida, numa boa. Este rendimento do Internacional é devido ao bem estar do grupo, ao bem estar que o bom humor, de Celso Roth traz. Portanto, fica Roth, porque o teu bom humor é o meu, também.