sexta-feira, 27 de agosto de 2010

PP ou MKT?

Eu sempre me perguntei, e por mais inútil que pareça ser, acho que nunca vou chegar a uma conclusão concreta. O que é maior/melhor? O marketing ou a propaganda? Sei que eles caminham de mãos dadas e sei que vou ser crucificado por levantar essa questão. Também vou ser chamado de burro, porque parece ser uma questão que não aceita comparações – assim como a Itaipava (ironia). Mas nesse tal mercado publicitário, devemos admitir que tudo é disputa, principalmente de egos e, não obstante, as áreas desse mercado também tem ego. Pois estas mesmas áreas, tem pessoas, e essas pessoas tem ego. Ainda mais nessa área... Um ciclo, não?!

Só que mesmo bem parecidos, ao ponto de não permitir comparações, jamais conseguiremos confundir um publicitário com um “marqueteiro”, a diferença é sensível aos olhos e aos ouvidos. Marqueteiros usam camisa e sapato e falam em marketshare e target. Publicitários por sua vez, all star, camisa curta e falam de games. Marqueteiros usam o penteado dos atores da nova das seis, pro lado, lambido. Publicitários ou não usam cabelo, ou os que têm usam escabelado. E existem aqueles que são versáteis, ou que ainda não sabem o que são, usam camisa e all star. Mas isso não delimita quem é bom ou ruim. É apenas questão de estilo.

Mas voltando ao assunto em pauta, marketing e publicidade ao mesmo tempo em que se parecem tanto, são muito diferentes, e ao mesmo tempo em que se ajudam e se sustentam, simultaneamente, travam uma disputa entre si. Isso reflete na relação comercial. É o desafio para a pequena empresa, investir em um logo, uma faixa e um banner sem planejamento algum, ou investir em um planejamento de marketing a médio/longo prazo, porém sem propagar isso.

A propaganda, por mais redundante que seja, propaga. Mas o marketing que está por trás dela é indispensável. A pequena empresa só é pequena por que quer. Porque escolhe ou o marketing ou a publicidade nesse sentido. E isso ainda é muito confuso para muitos mercados. Quando a pequena ou micro empresa tiver coragem de investir nos dois, se tornará grande. Me questiono ainda qual tem mais poder. Qual é ferramenta do outro. Alguns vão dizer que obviamente, o marketing é menor e é apenas um dos nichos da propaganda. Porém, marketing inclui a administração e essa área não é nem um pouco pequena. A disputa travada,, é levada inovação a inovação. Novos conceitos. Novas ferramentas, marketing 2.0. Propaganda/publicidade é arte. Marketing, resultados.

Na dúvida, fique com os dois.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

As Contradições da Humanidade

Havia uma época em que tudo era rude. Tosco. Para alguns, isso era melhor e, como sempre existem as contradições, para outros não. Como a evolução da humanidade se dá, pela própria humanidade e essa humanidade é feita de homens e de mulheres é sempre bom observarmos o quanto o homem – e a mulher – evoluíram no trocar de luas.
Nos primórdios, não haviam casas, sociedades estabelecidas de forma civil ou política e também, não haviam vestimentas. Mas após criarem-se as vestimentas, neste momento de uso apenas por necessidade de sobrevivência: proteger do frio e cobrir o corpo dos mosquitos – naquela época eles eram assassinos, veio o estilo, a moda, e a elegância que vemos até hoje.
Retornando. Surgiu em algum momento do período jurássico, um Clodovil cavernoso que pensou na beleza estética daquilo, daquelas roupas feitas de couro e pêlo, segundo ele, muito cafonas. E mesmo sem saber que o nome disso é beleza e estética ele começou a criar a tal moda.
Dali a pouco então, vieram os acessórios, a blusinha mais curta, o shortinho apertado, e quando nos demos por conta, por mais brega que fosse, Carla Perez já era a loira do Tchan, ao lado da morena, Scheila Carvalho, ambas usando o shortinho apertado e a blusinha bem curta desse tal Clodovil das cavernas.
Mas as contradições existem, e que bom por isso. Ao mesmo tempo em que temos shortinhos curtos, temos casacos longos que caem sobre a pele macia dos ombros das morenas dessa minha Porto Alegre. A humanidade dessa capital (bairrista que sou), nesse quesito, evoluiu de maneira correta, e eu, chego no ponto que gostaria e que muito me agrada: as morenas de sobretudos longos, sobre os ombros macios, com um detalhe importante, que a pouco descobri o nome: o rímel.
Salve todas aquelas que usam casacos longos e rímel. Confesso que até pouco tempo atrás não sabia que rímel era rímel, assim como os cavernosos não sabiam que moda era moda, mas ele é essencial. Assim como o inglês fluente.
Pena que entre as inúmeras leis supérfluas que regem nosso Brasil não existe uma, apenas uma, que obrigue o uso desse artefato nas nossas compatriotas e que bom que muitas delas sabem o quanto isso agrada e usam-no. O dia, para qualquer macho que se preste, se paga após uma mulher de rímel cruzar na calçada. O rímel, em sua composição além do preto, traz volúpia. Isso é essencial. Ah, essa volúpia...Vale mais do que qualquer shortinho ou blusa curtinha. E, embora haja contradições, para mim, sensualidade se sobressai à vulgaridade.

Fica a dica às compatriotas desavisadas. E o obrigado as que sabem da importância do rímel e da volúpia.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Giuliano por Gardel

Por una cabeza
de un noble potrillo

Por uma cabeça, do potro, Giuliano.
que justo en la raya
afloja al llegar,

Que mesmo marcado, sabe jogar
y que al regresar
parece decir:

Seja nos minutos finais, seja pelo jogo inteiro
No olvidéis, hermano,
vos sabés, no hay que jugar.

Não esqueças, meu irmão.
Giuliano tem estrela.

Por una cabeza,
metejón de un día

E foi, de cabeça, começou em um dia
de aquella coqueta
y risueña mujer,

Em um jogo, tranquilo
Uma partida qualquer

que al jurar sonriendo
el amor que está mintiendo,

Giuliano, o potrillo,
subiu lá no alto

quema en una hoguera
todo mi querer.

Num salto, sozinho
Aprendeu como é.


Por una cabeza,
todas las locuras.

E é por uma cabeça
Toda essa loucura

Su boca que besa,
borra la tristeza,

A bola na rede
A torcida a vibrar

calma la amargura.
Por una cabeza,

Se acalmam os nervos,
Por uma cabeça

si ella me olvida
qué importa perderme

se a América se vai
nada mais me importa

mil veces la vida,
para qué vivir.

Por uma cabeza
Queremos viver.

Cuántos desengaños,
por una cabeza.

Quantos desenganos
E, novamente, a glória


Yo jugué mil veces,
no vuelvo a insistir.

Jogamos mil vezes,
E pela insistência

Pero si un mirar
me hiere al pasar,

Se te vemos América
Queremos ganhar

sus labios de fuego
otra vez quiero besar.

E esse continente
Vermelho volta a ficar

Basta de carreras,
se acabó la timba.

Findou-se a partida
Por uma cabeça

¡Un final reñido
ya no vuelvo a ver!

Esta final sangrenta
Não voltarei a ver

Pero si algún pingo
llega a ser fija el domingo,

Mas se outro, potrillo
Assim como Giuliano

yo me juego entero.
¡Qué le voy a hacer..!

Aparecer novamente
A américa, vermelha,
Volta a ser!

terça-feira, 3 de agosto de 2010

O bem estar do bom humor

Passaram-se alguns meses e as mudanças vieram, corretas. Saíram alguns chegaram outros e, mesmo sendo algumas dessas mudanças auspiciosas, tivemos dúvidas e desconfianças por parte delas. A direção do Internacional mudou um semestre depois do que devia, menos mal que pelo destino ainda era tempo. O que não veio na pré-temporada, chegou na inter-temporada, quem sabe pelo favorecimento do nome. O Internacional ao invés de tomar novos rumos, foi pelo que já conhecia e o que sabia que iria render, e está rendendo. Todos jogadores repatriados: Tinga, Renan, Sóbis. Todos vitoriosos pelo próprio Inter, conhecedores de Libertadores, e principalmente, os três, daqui. De nada adiantaria, a essa altura do campeonato – literalmente – chamar craques, pagar milhões, se estes mesmos não soubessem a maneira que o Internacional trabalha e como tudo funciona entre os muros do estádio e as linhas no gramado. E está nesse espaço, atualmente, aquele que mais me impressiona positivamente. Dentro do estádio, mas fora das quatro linhas.
Celso Roth.
Das contratações do período da Copa é aquele que mais desagradou o torcedor. Tudo foi aplaudido em pé, da repatriação dos já ganhadores da América, ao “vai embora” do Kléber Pereira. Mas Roth chegou já, sobre suspeita. Mesmo com tudo isso, o Internacional de junho para cá não mudou de técnico, mudou de personalidade. As coletivas de imprensa não terminam mais com o tradicional “boa noitche” irritado de Fossati. Começam e terminam com descontração, piadas e risos por parte dos jornalistas e do próprio técnico. Se há brigas, crises de vestiário, elas não são expostas como eram na Era Jorge Fossati. E isso, se reflete dentro do campo. Roth, quem sabe pelos tombos que a vida lhe deu, aprendeu a reagir da forma certa. Trabalhar sobre a pressão que um clube grande exerce sobre os ombros dos técnicos e, por isso, merece vencer. Não por sua competência, que sempre será questionada, mas por saber levar a vida, numa boa. Este rendimento do Internacional é devido ao bem estar do grupo, ao bem estar que o bom humor, de Celso Roth traz. Portanto, fica Roth, porque o teu bom humor é o meu, também.