terça-feira, 17 de agosto de 2010

As Contradições da Humanidade

Havia uma época em que tudo era rude. Tosco. Para alguns, isso era melhor e, como sempre existem as contradições, para outros não. Como a evolução da humanidade se dá, pela própria humanidade e essa humanidade é feita de homens e de mulheres é sempre bom observarmos o quanto o homem – e a mulher – evoluíram no trocar de luas.
Nos primórdios, não haviam casas, sociedades estabelecidas de forma civil ou política e também, não haviam vestimentas. Mas após criarem-se as vestimentas, neste momento de uso apenas por necessidade de sobrevivência: proteger do frio e cobrir o corpo dos mosquitos – naquela época eles eram assassinos, veio o estilo, a moda, e a elegância que vemos até hoje.
Retornando. Surgiu em algum momento do período jurássico, um Clodovil cavernoso que pensou na beleza estética daquilo, daquelas roupas feitas de couro e pêlo, segundo ele, muito cafonas. E mesmo sem saber que o nome disso é beleza e estética ele começou a criar a tal moda.
Dali a pouco então, vieram os acessórios, a blusinha mais curta, o shortinho apertado, e quando nos demos por conta, por mais brega que fosse, Carla Perez já era a loira do Tchan, ao lado da morena, Scheila Carvalho, ambas usando o shortinho apertado e a blusinha bem curta desse tal Clodovil das cavernas.
Mas as contradições existem, e que bom por isso. Ao mesmo tempo em que temos shortinhos curtos, temos casacos longos que caem sobre a pele macia dos ombros das morenas dessa minha Porto Alegre. A humanidade dessa capital (bairrista que sou), nesse quesito, evoluiu de maneira correta, e eu, chego no ponto que gostaria e que muito me agrada: as morenas de sobretudos longos, sobre os ombros macios, com um detalhe importante, que a pouco descobri o nome: o rímel.
Salve todas aquelas que usam casacos longos e rímel. Confesso que até pouco tempo atrás não sabia que rímel era rímel, assim como os cavernosos não sabiam que moda era moda, mas ele é essencial. Assim como o inglês fluente.
Pena que entre as inúmeras leis supérfluas que regem nosso Brasil não existe uma, apenas uma, que obrigue o uso desse artefato nas nossas compatriotas e que bom que muitas delas sabem o quanto isso agrada e usam-no. O dia, para qualquer macho que se preste, se paga após uma mulher de rímel cruzar na calçada. O rímel, em sua composição além do preto, traz volúpia. Isso é essencial. Ah, essa volúpia...Vale mais do que qualquer shortinho ou blusa curtinha. E, embora haja contradições, para mim, sensualidade se sobressai à vulgaridade.

Fica a dica às compatriotas desavisadas. E o obrigado as que sabem da importância do rímel e da volúpia.