Havia uma época em que tudo era rude. Tosco. Para alguns, isso era melhor e, como sempre existem as contradições, para outros não. Como a evolução da humanidade se dá, pela própria humanidade e essa humanidade é feita de homens e de mulheres é sempre bom observarmos o quanto o homem – e a mulher – evoluíram no trocar de luas.
Nos primórdios, não haviam casas, sociedades estabelecidas de forma civil ou política e também, não haviam vestimentas. Mas após criarem-se as vestimentas, neste momento de uso apenas por necessidade de sobrevivência: proteger do frio e cobrir o corpo dos mosquitos – naquela época eles eram assassinos, veio o estilo, a moda, e a elegância que vemos até hoje.
Retornando. Surgiu em algum momento do período jurássico, um Clodovil cavernoso que pensou na beleza estética daquilo, daquelas roupas feitas de couro e pêlo, segundo ele, muito cafonas. E mesmo sem saber que o nome disso é beleza e estética ele começou a criar a tal moda.
Dali a pouco então, vieram os acessórios, a blusinha mais curta, o shortinho apertado, e quando nos demos por conta, por mais brega que fosse, Carla Perez já era a loira do Tchan, ao lado da morena, Scheila Carvalho, ambas usando o shortinho apertado e a blusinha bem curta desse tal Clodovil das cavernas.
Mas as contradições existem, e que bom por isso. Ao mesmo tempo em que temos shortinhos curtos, temos casacos longos que caem sobre a pele macia dos ombros das morenas dessa minha Porto Alegre. A humanidade dessa capital (bairrista que sou), nesse quesito, evoluiu de maneira correta, e eu, chego no ponto que gostaria e que muito me agrada: as morenas de sobretudos longos, sobre os ombros macios, com um detalhe importante, que a pouco descobri o nome: o rímel.
Salve todas aquelas que usam casacos longos e rímel. Confesso que até pouco tempo atrás não sabia que rímel era rímel, assim como os cavernosos não sabiam que moda era moda, mas ele é essencial. Assim como o inglês fluente.
Pena que entre as inúmeras leis supérfluas que regem nosso Brasil não existe uma, apenas uma, que obrigue o uso desse artefato nas nossas compatriotas e que bom que muitas delas sabem o quanto isso agrada e usam-no. O dia, para qualquer macho que se preste, se paga após uma mulher de rímel cruzar na calçada. O rímel, em sua composição além do preto, traz volúpia. Isso é essencial. Ah, essa volúpia...Vale mais do que qualquer shortinho ou blusa curtinha. E, embora haja contradições, para mim, sensualidade se sobressai à vulgaridade.
Fica a dica às compatriotas desavisadas. E o obrigado as que sabem da importância do rímel e da volúpia.
terça-feira, 17 de agosto de 2010
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