domingo, 2 de novembro de 2008

O céu que posso tocar...

Qual será a altura do céu?
Me pego eu, às vezes pensando
Disperso, pra cima olhando...
Imenso, extenso, grandioso e soberano...
Quisera eu, poder alcançá-lo
Sentir escorrer, como um oceano
Inocentemente tocá-lo
Sentir o quanto é puro
e o quanto é leviano
essa imensidão que tanto me fascina
que me engrandece,
e ao mesmo tempo espanta
e sempre me encanta,
com seu tom de platina
porém, grandiosa é a distância
e ele, de mim se afasta,
quase que dá um basta
e usa de intolerância,
faz-me remoer em ânsia,
com sua beleza, vasta.
Já que não posso senti-lo
Por ser algo intangível
Faço, o que a mim é possível
E tateio o que posso pugilo
Se o céu, se faz distante
Há também o que está perto
E é disso que vos alerto,
Sem, jamais, ser hesitante
Que, diferente do céu puro,
Sofro um perigo constante
e sem entrar em apuro,
calmamente, me aventuro
Nos braços de minha amante.