quarta-feira, 27 de maio de 2009

Uma gangorra em "V"

Vocês já viram uma gangorra em “v”? Eu já. Inclusive estou vendo agora, enquanto escrevo. Desde pequeno sonhava em um dia ver uma gangorra em “v”, por muito tempo achei que não existisse, andava desacreditado, triste, melancólico. Até estes últimos dias, quando parei, olhei para o céu, e como um click, pensei: as gangorras em “v” existem!
Vocês devem estar pensando... Impossível. Uma gangorra é uma reta, com dois pontos opostos. Onde, quando um está em baixo o outro obrigatoriamente tem de estar em cima, “a física explica isso” Bueno¹, 2001.
Porém por um momento, não sei especificar qual, o eixo se dobrou e agora pela primeira vez na vida sei que as gangorras em “v” existem. E ela não é nada retraída, está na mídia. É só abrir o jornal que já vejo, ela, ali... Toda exibida, cheia de si, tão comentada e polêmica quanto a mulher melancia.
Pois bem, deixando os mistérios e as melancias de lado, explico: Esta gangorra é a dupla grenal. Por acaso, vocês já viram alguma vez os dois clubes estarem bem? Aposto que não. Sempre, absolutamente, sempre, quando um estava bem o outro estava mal. Mas agora não, os dois inexplicavelmente estão bem. O Grêmio de técnico novo que já estreou com uma vitória, invicto na Copa Libertadores (tudo bem, ainda não apareceu um grande adversário), mas enquanto não aparecer ele será invicto. O Internacional, semifinalista da Copa do Brasil, líder isolado e com 100% de aproveitamento no Brasileirão e tantos outros méritos secundários.
Contudo, antes dos jogos dessa quarta feira que podem ser decisivos para esta gangorra voltar à velha monotonia do “um lá em cima, um lá em baixo” deixo aqui, explícita, minha felicidade tamanha, por ter visto o que queria desde guri, uma gangorra em V!!!

¹Galvão Bueno, medíocre narrador e infeliz comentarista.

domingo, 10 de maio de 2009

O bem que me faz a crise!

Hoje, tudo é crise. Crise econômica, crise financeira, crise mundial; crise no amor, crise no trabalho, crise de nervos. Crise. Estamos mais parecendo grilos de tanto falar crise, crise, crise!
E que bom... Até porque, crise é tormenta e quem não gosta de dormir enquanto chove? E, como depois da tempestade sempre vêm a bonança, então o negócio é aproveitá-la, afinal, depois tudo estará bem. Por exemplo, crise no amor. Qual é a melhor fase de um relacionamento? É depois da crise, visto que é ela que nós mostra como é bom estar de bem com o outro. E depois dela, é só: meu amorzinho, meu bem, queridinho e pá-pá-pá.
No futebol. Se não fosse pela crise, não teríamos nesse brasileirão, que começa hoje, Ronaldo, Adriano, Fred e outros tantos medalhões, que por sofrerem de crise seja ela de peso, de existência ou financeira, não estariam aqui sendo idolatrados, novamente. Neste ano, teremos o brasileirão mais famoso da última década, com mais estrelas até que o Planeta Atlântida.
Particularmente, eu não conheço ninguém que foi demitido devido à crise. E duvido, que alguém aqui conheça. E se conhecer, que diga, pois garanto que se foi demitido agora já está empregado, e num emprego melhor. Sou um defensor da crise! Odeio ver o Lasier falando mal dela. Injusto, covarde! Que mal ela o fez? Nenhum. N-e-n-h-u-m. Ou vai ver, o Lasier vai passar fome por causa da crise. Quer é parecer um preocupado, um precavido. É só charme.
Nas ruas, nos bares, nas praças, é o assunto do momento. Fica mais na boca do povo do que o Big Brother. E todo mundo fala mal... Por quê? Ela é tão inofensiva. É uma criança, que nem completou um ano sequer.
As pessoas chegam ao mercado e pensam: “Ihhh, vou levar só 150g do presunto, afinal a crise ta aí." Se for pra pensar assim, compra logo 300g criatura, e garante o teu! Nesses casos se nota a ignorância da raça humana. E a esperteza do nosso presidente que diz: “comprem, comprem, comprem, assim a crise passa.” Louvável idéia.
Portanto, quero lançar a campanha: Fica crise! Devemos ser gratos à ela. E dizer um até logo, se ela for embora. Pare e observe...Como a crise nos faz bem. É ela, que nos traz graça à vida, traz emoção, traz Ronaldo, Adriano, até o Fred... Ahhh! E também, o “pá-pá-pá”.