quinta-feira, 23 de julho de 2009

Ned Flanders e a maçã

Qual foi a importância dos filósofos para a história da humanidade? Esta dita sabedoria é imensurável até hoje, para todos nós. Mas temos certeza, não foi pouco. Platão, Sócrates, Aristóteles. Com suas ideias - infelizmente, agora sem acento - de mundo, nos fizeram questionar o porquê de tudo, absolutamente tudo. Os avanços mais importantes no desenvolvimentos da humanidade foram concebidos através deles. Sir Isaac Newton, por exemplo. Passava dias estudando, analisando e refletindo. Até que um belo dia, sentado à sombra de uma macieira, ao lhe cair um fruto sobre a cabeça, se deu conta que vivemos sobre uma dada lei da gravidade. Embora muitas pessoas digam que ele inventou, é mentira. Newton apenas descobriu sua existência.
Em síntese, os filósofos, todos eles, eram nada mais nada menos que pensadores. Passavam dias, meses e anos pensando e descobrindo tudo sobre tudo. Diferente de mim, que trato apenas um pouco do todo. Por não ter o QI igual ao deles e também por não ter tempo. E é justamente por este tempo que, infelizmente, nos dias de hoje não aceitamos mais filósofos. Definitivamente, não!
A era capitalista e por conseqüente, do consumo, nos obriga a fazer tudo para ontem. É necessário resultado imediato em tudo, ainda mais no que diz respeito ao aspecto profissional.
E quem sofre é o Inter e o Tite.
Um pensador, estudioso. Um filósofo. Para o bem ou para o mal, Tite não tem espaço no futebol de hoje. Com sua calma e teoria, que nas entrevistas parecem uma afronta à paciência dos torcedores, ele não consegue agradar a mais ninguém. O momento exige alguém que, ao invés de dar explicações táticas e técnicas sobre o posicionamento do time ou esquema de jogo ou o onipresente e onipotente equilíbrio, diga um palavrão e empurre um repórter. Tite é Ned Flanders demais!
Mas o que resta aos colorados, ainda mais agora com o Muricy no Palmeiras, é apenas esperar que o Tite saia ou então, que a maçã caia o quantos antes em sua cabeça.