domingo, 9 de janeiro de 2011

Estamos de volta!

"Por trabalhar demais, resolvi tirar férias do blog. Mesmo em férias, trabalhei mais. Acontece."

Independente disso, estou de volta.


Impossível não falar sobre o Mazembe. Impossível não falar sobre o Ronaldinho.

O Internacional passou, em dezembro de 2010, uma das páginas mais tristes de sua história centenária, indiscutivelmente. Tendo esta década (2000 - 2010) como a melhor dos seus 100 anos, poderia ter fechado com chave de ouro, mas pelo contrário, encerrou uma história feliz, de maneira triste. Caiu diante do Mazembe e jamais esquecerá o resultado e a curiosa e divertida dança do goleiro Kidiaba.
Fica o ensinamento ao clube e a todo sul-americano que se encaminhará para os mundiais que virão por diante: antes da final, existe outro jogo, e ele é eliminatório. O que pode consolar os colorados? É simples, o Internacional perdeu para o Mazembe da mesma maneira que ganhou do Barcelona. Existe sempre o favorito e a zebra, em 10 jogos o Internacional ganharia 9 do time africano sem dúvidas, assim como perderia as 9 para o Barcelona. Sorte em 2006, azar em 2010. Esse é o charme do futebol e, mais ainda, dos jogos eliminatórios. Ficam, também, as congratulações aos africanos, se venceram foi por merecimento e esforço.

Sobre o Grêmio, que ainda comemora a vitória dos africanos e que por ela, embalou a (possível) maior contratação da história do futebol brasileiro, restou também agora uma de suas maiores tristezas. O craque de maior expressão de toda existência do Grêmio, recusou o retorno à sua casa. Tido como traidor pela torcida, Ronaldinho Gaúcho, comprovou, juntamente com seu irmão Assis, o quão desonesto é. Era visível que Ronaldinho Gaúcho não viria ao Grêmio, ele, ainda, está interessado na parte financeira que o futebol lhe oferece. Se fosse por amor, o craque já estaria de volta, depois de tantas negociações ficou clara a ganância dele e de Assis. O que não serve de consolo aos gremistas é saber que seu maior e melhor jogador não encerrará sua carreira no Grêmio. Ronaldinho não quer o Grêmio e agora, o Grêmio não quer o Ronaldinho. Assim como a novela que se formou diante das negociações, temos mais um final triste, com uma triste e dolorosa separação. Pior do que isso, para a torcida, é ver que Ronaldinho Gaúcho não é gremista.
Analisando agora, também para o Grêmio, o que resta disso tudo é que, assim como o Inter: ambos pecaram por otimismo, por soberba. O Internacional antes de embarcar para o mundial, promoveu filme, sessão de cinema no estádio, com direito a discurso de jogadores e bombas. O Grêmio, mesmo sem a certeza do retorno, promoveu festa, ligou os plugs das caixas de som e ficou, assim como a esposa traída, esperando na janela o retorno do amado, com o olhar comprido para o Rio de Janeiro. Ele não veio.

Sendo sincero: Inter e Grêmio deviam baixar um pouco a bola, Ronaldinho também.