A turnê do clássico
Grenal em Erechim virou rotina. Deveríamos transferir os dois clubes para lá. O mais curioso, é que há a possibilidade de um próximo Grenal ser disputado no Paraná. Seria uma turnê Grenal. Um show. Itinerante.
Grenal fora de Porto Alegre, seja n Olímpico ou no Beira Rio, não é Grenal... De que adianta fazer em Erechim se grande parte do público sai da capital para ir até lá? É triste o Brasil ter de assisitir o Grenal em um estádio com cerca de arame e com um público de jogo interiorano. Cogito a hipótese de tentarmos trazer um Barcelona x Real Madri pra Porto Alegre.
Apatia
Este Grenal foi improvável e irônico, demais. Quem imaginaria um Grenal sem expulsos, sem empurra-empurra. Parecia um amistoso. Os dois times respeitando-se. Sem atacar demais, sem se expor demais, cautelosos demais, chatos demais. Monótonos.
O jogo de compadres se deu através dos esquemas de Fossati e Silas. 3-5-2. Os alas atacando e ao mesmo tempo se protegendo, sem se jogar com autoridade. As oportunidades surgiram remotas. Os 10 primeiros minutos, sim, foram da altura. Os demais, pareciam os amistosos da seleção. Muita qualidade e pouca objetividade. Muitos “nomes” e também muita apatia. Mas convenhamos, a qualidade técnica da dupla está muito além dos anos anteriores, principalmente pela parte do Grêmio, que esteve com um grupo aquém do seu potencial. Tanto que se mostrou mais presente, comparado aos demais clássicos.
Destaques
Destaco dois grandes jogadores. Lúcio pelo lado do Grêmio. Rápido e liso, Lúcio tem movimentação típica de ala, é muito perigoso. Complicado bloqueá-lo. Se mantiver seqüência, será a melhor arma do Grêmio no ano. Outro destaque, Victor. Está com carimbo para a Copa, defendeu e evitou dois ou três gols colorados, que mudariam o andar do clássico.
Pelo lado do Inter, Sandro. Volante tradicional, alto, com qualidade de passe, joga de cabeça erguida. Sabe tanto marcar, como sair jogando. Com o estilo muito parecido de Zidane, Sandro depende só dele para ir à África. Giuliano é outro futuro craque. Armador completo. Habilidoso de dribles curtos, liso, sabe chegar à frente e quando chega sempre leva perigo.
Ironias finais
Mas seguimos com as ironias. Citando a trapalhada de Silas (sobrou pra mim) fazendo uma alteração, quando Souza estava machucado, tirando um jogador que estava
Devo citar que as principais ironias do clássico, que me motivaram a escrever. Foram os jogadores. De um lado Jonas, do outro Alecsandro. Adorados pela torcida, rival, é claro. Todo colorado adorava o Jonas, todo gremista adorava o Alecsandro. Ano passado.
Foram disparados os destaques do clássico. Jonas pela atuação e Alecsandro pelo gol.
O mais perigoso jogador do Grêmio, Jonas - o que não entendo é o porquê de Silas tê-lo sacado, colocando Hugo, sem ritmo algum -. O outrora anti-gol, Jonas, hoje é mais do que Borges. Engraçado ver ele como destaque e homem gol. Do mesmo modo que Alecsandro. O antes, bisonho, agora decidiu. É triste ver que daqui pra frente teremos que admitir a maior das ironias do futebol.
O Grêmio e o Inter, dependem de Jonas e Alecsandro.
Um comentário:
O Grêmio depende é de Borges. Mais que provado.
Abraço.
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