sábado, 29 de novembro de 2008

O melhor do Brasil é o brasileiro?!?!

“Moro num país tropical/ abençoado por Deus/ e bonito por natureza.”
Bom, se assim fosse. Calma! Não estou dizendo que não acho o nosso Brasil varonil um país ruim. Mas vamos ser sinceros. Tá, temos 5 copas do mundo, o melhor jogador a mulher mais bonita, e também exportamos bastante, visto que, somos um país-continente. Ah, e também não temos terremoto, ou pelo menos não tínhamos.
Falo isso porque não era pra ser assim. Não precisava. Quanta preocupação nos traz essa enchente em Santa Catarina. Nos deixa ansiosos, aflitos até trêmulos. Não somos nada, e não estou falando dos brasileiros, estou falando dos terráqueos. Os homens constroem, montam,edificam. E aí? Vem uma chuva e destrói, desmonta. O quão vulneráveis somos nós. E quantas catástrofes vem acontecendo nestes últimos tempos. Catástrofes que outrora não existiam, é o espelho, o reflexo do que o homem fez e que, pelo jeito, vai seguir fazendo.
Mas tudo bem, voltamos ao Brasil e a Santa Catarina. O povo que chama os políticos de desonestos e anti-éticos, e não por acaso, mostra que também não conhece muito sobre isso. Pois num momento em que o que devia imperar era a solidariedade, vemos do lado dos comerciantes água sendo vendida a preço de ouro e do lado dos consumidores, assaltos à lojas e supermercados. É aceitável e perdoável o que é roubado para sobrevivência, comida, água.. Porém, eu penso que o ser humano vive sem uma TV de plasma. Não era pra ser assim. A ocasião faz o ladrão já dizia a velha sentença, e o que me põem em dúvida o que é mais triste, o que está sendo feito com o povo ou o que o povo está fazendo.
Nesse ritmo vamos indo. E, tentando pensar pelo lado bom, se é que ele existe, o que resta a nós é ajudar. Resgatar o que perdemos, e não falo aqui de coisas materiais. Falo do que realmente vale, sentimentos como fraternidade, irmandade e solidariedade. O velho e bom sermão que diz: fazer o bem sem olhar a quem. Afinal, hoje são eles... (prefiro não terminar a frase)

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

É amigo...não é fácil!


Neste último domingo (23/11) tive a oportunidade de conhecê-lo. Galvão Bueno.Esse mesmo, aquele da TV, que grita sempre RRRRRRRonaldinho, RRRRRRRivaldo e muitas vezes diz, “Estamos aqui em BUENOS AIRES, no EQUADOR, O estádio tem esse nome (Zerão) porque fica situado bem no TRÓPICO DE CÂNCER, que divide o Hemisfério Sul do Hemisfério Norte, Brasil tá meio mal no jogo, mas eles estão jogando pra fazer gol, depois da derrota, o pior resultado é o empate, o Adriano tá com uma disposição, correndo o campo todo, parece um LEÃO ENJAULADO, chutou com a perna que não era a dele, quando eu falar Rodrigo, interpretem Roger.” E no vôlei... “Uma bela paralela cruzada ,. E depois do jogo, assistam a mais um capítulo inédito de VALE A PENA VER DE NOVO”. E na F1... “ Na Hungria, quando tem nuvem assim no céu, é sinal que vai chover. Luz vermelha, lá vem a verde” – na fórmula 1 não tem semáforo. Mas vamos ao que interessa...
Tendo passado menos de 5 minutos o observando comecei a pensar. O quanto é difícil a vida pra ele. Naquele pouco período de tempo a pena tomou conta de mim. Coitado. Chegou no camarote como um rei, e do seu lado o filhinho, Cacá. Tiraram fotos (não deixei passar em branco), deram autógrafos e receberam um champagne pra estourar e comemorar a recém conquistada vitória de seu pupilo. Quisera eu ser Galvão. Que pelo que notei, sabe e muito, aproveitar a vida. Roupas de grife, milionário, seu “filhão” brincando de corrida. Imagino quanto ele deve ser preocupado com o aumento no preço da carne, com a crise na bolsa ou, até mesmo, com as chuvas que estão alagando grande parte do estado de Santa Catarina.
Pensei em convidá-lo para dançar comigo o “siri”, admito. Mas não. Para quê? Mais um problema na vida deste homem. Tudo que ele têm para se preocupar e perder o sono e ainda vou eu, lá, falar... Ô Galvão, dança o siri comigo?! Desisti...
Assim como chegou ele sumiu. Passou pelas pessoas, sumiu, voltou e foi embora. Em uma moto do patrocinador, na moto ao lado seu “filhão campeão” e sua respectiva. E só para confirmar como a vida para ele é tão difícil. A moto não pegou. Coitado!

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Para rePENSAR

Dia 20 de novembro é o dia Oficial da Consciência Negra no Brasil, recebi um texto de um grande amigo e seria ignorância de minha parte não publicá-lo, então, vamos a ele...

20 de novembro, Dia da Consciência Negra

Sem dúvida, o racismo é muito presente na nossa sociedade. Não precisamos ir muito longe ou procurarmos exemplos de preconceito explícito, basta olhar para o lado. Responda para si mesmo, quantos negros freqüentam a mesma sala de aula ou emprego que você? Provavelmente o número será bem desproporcional.
Hoje passamos por um momento onde o racismo é uma realidade, mas como muitas outras se dá de forma cordial e despercebida. Se você perguntar sobre a existência de racismo no Brasil, dificilmente a resposta será “não”, porém faça a mesma pergunta por outro ângulo e a resposta será bem diferente. Apesar de todos admitirem o racismo como uma realidade, ninguém diz conhecer ou ser racista.
Pronto! Este é um ótimo exemplo de racismo. Recentemente surgiram discussões sobre cotas para negros em universidades públicas, tendo como principal atributo contra, a possível segregação de raças. Devemos ter clara a diferença entre segregação e dívida histórica. Acredito que os negros, em sua grande maioria, não saíram ofendidos após a aprovação das cotas, afinal, 120 anos após o decreto da Princesa Isabel a situação ainda não é a ideal para uma sociedade igualitária.
Este texto não tem a intenção de impor um pensando, mas sim de começar um.

Emilio Rodigheri Martins
Estudante de Publicidade e Propaganda

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Mais um balanço da Dupla

Internacional – Depois de um ano não muito animador o Internacional começa agora, em novembro a mostrar o que queríamos e esperávamos ver. Entrou no campeonato brasileiro como um dos favoritos ao título e não se fez competente para tanto. Trocou técnico e melhorou ainda mais seu elenco que já era forte, comparado aos demais clubes. Como o brasileiro é pura repetição e essa repetição foi tudo o que o Inter não teve, pagou a conta... Agora, repetindo e entrosando o Internacional começa a mostrar o time que todos queriam. Com qualidade, bom toque de bola, saída de jogo, tática e principalmente técnica. Contra o Chivas, uma equipe com limitações, o Inter mostrou classe, categoria e muitos erros, que devem ser arrumados de imediato. Principalmente na defesa, com os cruzamentos. Porém, vemos e agora comprovamos o porquê de o Internacional ter eliminado o Boca Juniors com duas vitórias, convincentes. Agora com chance de entrar na Libertadores através da Sul-americana têm um motivo a mais para apostar todas suas fichas nesta competição e, quem sabe assim, ter a chance de disputar a Libertadores no ano do seu centenário. Voltando à campo, não podemos deixar de ressaltar. Alex. O craque, que tem uma história de superação e que serve se exemplo para todos. Que teve fé, persistência e garra. Superou lesões, crises, ficou no banco sentado esperando sua vez. E agora, que sua vez chegou, está mostrando tudo o que sabe. Dribles, arrancadas, chutes e faltas. Já está fora dos padrões do futebol brasileiro atual, e devemos aproveitar para ver, afinal, duvido que ano que vem ele esteja ainda jogando nos gramados brasileiros.
Grêmio – O Grêmio segue na briga pela liderança do brasileiro. E por incrível que pareça, agora que está em segundo, tem mais motivação do que quando estava em primeiro. Perdeu a liderança e a motivação de vez e agora que encontrou novamente o caminho da vitória, fora de casa e contra o poderoso Palmeiras, viu que, embora com um elenco limitado, têm chances de conquistar o brasileiro. Há alguns dias atrás, o torcedor do Grêmio causou polêmica, pelo fato de ir cobrar do time e exigir algumas ações, uma torcida que dizia apoiar o time de qualquer maneira, foram controversos. Porém, quem sou eu para comentar?! Deixo isso para quem se acha competente para avaliar o ato dos outros.
Contudo, agora o Grêmio não depende só dele para levar o título. O São Paulo que está mais perto de vencer, mais uma vez, parece cada vez mais motivado e fixo no objetivo. Um time que há algumas rodadas atrás parecia estar apenas querendo uma vaguinha na Libertadores, mas não, já está no topo, novamente. Mas nada podemos afirmar. Até porquê, o líder está a 5 pontinhos do 5º. Feliz é o Sport que pode dizer, já estou na Libertadores!

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Um pouco de política - So mais tu, Obama!

Todo mundo, exatamente, todo o mundo, acompanhou as eleições presidenciais dos EUA. Afinal, tratamos aqui da maior potência mundial, e de um país que está entre os maiores do mundo em se tratando de território.
Democratas X Republicanos.
Um Estados Unidos, que se fez, ainda mais, épico no dia 11 de setembro de 2001, por conta do maior e mais culminante ataque terrorista da história graças ao seu líder, J. W. Bush, diga-se de passagem, republicano. A mudança agora será total, visível e perceptível a qualquer indivíduo. E quem pensa que é pelo tom de pele do novo “líder mundial”, está muito enganado.
Contudo, podemos começar por esta questão. Num país em que há décadas atrás tratava os negros como escravos, já temos a primeira grande mudança de governo. Assume pela primeira vez na história um presidente negro nos EUA. Quem se arriscaria à falar sobre preconceito, agora que temos o maior líder do mundo, afro-descendente?! Já mudamos sim, nossa maneira de pensar.
Falando por um viés político, temos uma mudança nos partidos, outro ponto que interfere e vai interferir bastante. De democrata para republicano. Segundo os especialistas e pelo que se pode observar no discurso do “herói” Obama, teremos daqui pra frente, mais diálogo, mais acordos, mais aceitação e menos desigualdade e guerra. Da parte religiosa, Obama que é católico, quebrou as expectativas e se tornou rei, num país onde a maioria é protestante.
Era óbvia esta eleição, estava escrito. Que pessoas iriam votar, para seguir num governo que não negociava, era fechado, que só se comunicava com países através de bombas e mísseis. Quanta dor e lamento foi pra nação norte-americana ver o maior prédio do país e do mundo desabando diante dos olhos de toda a humanidade. Quem votou no democrata, McCain, deve ser alguma espécie de masoquista, afinal era indiscutível o quanto Bush estava destruindo os Estados Unidos.
Analisando pelo partido de Barack, deveríamos não estar tão contentes com a eleição, pois diminuiriam as exportações do Brasil para os EUA, afinal os democratas são mais protecionistas. Mas, ao mesmo tempo já ouvimos no seu discurso, que Obama falou em conciliação, negociação, ou seja, Barack Obama, ao contrário de Bush, já falou em fazer acordos de paz com o Oriente Médio e discutir negociações com os demais países, é o mundo se fazendo, cada vez mais, igual e global, no que diz respeito às transações.
Finalizando, os americanos, e o mundo, se renderam às graças da simpatia de Barack Obama, um fenômeno, também conhecido como o novo Kennedy. Um homem que ganhou com a diferença de 7 milhões de votos, já nos trouxe a esperança e a expectativa de mudança (incluímo-nos pois dependemos, e muito, dos EUA). E, torcemos nós para que seja ele, o homem que vai fazer o mundo se tornar mais justo e igual. Quem sabe...

domingo, 2 de novembro de 2008

O céu que posso tocar...

Qual será a altura do céu?
Me pego eu, às vezes pensando
Disperso, pra cima olhando...
Imenso, extenso, grandioso e soberano...
Quisera eu, poder alcançá-lo
Sentir escorrer, como um oceano
Inocentemente tocá-lo
Sentir o quanto é puro
e o quanto é leviano
essa imensidão que tanto me fascina
que me engrandece,
e ao mesmo tempo espanta
e sempre me encanta,
com seu tom de platina
porém, grandiosa é a distância
e ele, de mim se afasta,
quase que dá um basta
e usa de intolerância,
faz-me remoer em ânsia,
com sua beleza, vasta.
Já que não posso senti-lo
Por ser algo intangível
Faço, o que a mim é possível
E tateio o que posso pugilo
Se o céu, se faz distante
Há também o que está perto
E é disso que vos alerto,
Sem, jamais, ser hesitante
Que, diferente do céu puro,
Sofro um perigo constante
e sem entrar em apuro,
calmamente, me aventuro
Nos braços de minha amante.